Quando há perda óssea severa na maxila, os implantes dentários convencionais muitas vezes se tornam inviáveis. A boa notícia é que a implantodontia moderna oferece alternativas seguras e previsíveis para esses casos complexos, permitindo reabilitações fixas mesmo em situações de extrema reabsorção óssea.

Entre as técnicas mais avançadas e eficazes estão o implante zigomático, o implante na região do pterigoide e o implante transnasal. Essas abordagens exigem profundo conhecimento anatômico e experiência cirúrgica — temas abordados com maestria pelo Dr. Paulo Gutierrez em seu curso avançado, cujo vídeo você encontrará ao final deste artigo.

Implante Zigomático

O implante zigomático é uma técnica indicada para pacientes com reabsorção óssea severa na maxila, especialmente quando não há volume ósseo suficiente para implantes convencionais.

Nesse caso, o implante é ancorado no osso zigomático (osso da bochecha), uma estrutura densa e estável, capaz de garantir excelente sustentação para a prótese. Essa técnica dispensa a necessidade de enxertos ósseos extensos e permite uma recuperação mais rápida, em muitos casos com possibilidade de carga imediata — ou seja, o paciente pode receber uma prótese provisória fixa logo após a cirurgia.

Além de evitar múltiplas cirurgias, o implante zigomático proporciona resultados altamente previsíveis e devolve função mastigatória e estética facial de forma segura e duradoura.

Implante na Região do Pterigoide

O implante pterigóide (ou pterigomaxilar) é indicado para reabilitar a porção posterior da maxila, onde o osso costuma ser mais escasso e esponjoso.

Esse tipo de implante é fixado na região mais profunda e densa da maxila, próxima ao processo pterigóide, oferecendo excelente ancoragem sem a necessidade de enxertos ósseos. Ele é especialmente útil em reabilitações totais, quando se busca estabilidade posterior para próteses fixas.

A técnica exige planejamento tridimensional e domínio anatômico, mas oferece resultados previsíveis e um pós-operatório mais tranquilo em comparação a enxertos ósseos convencionais.

Implante Transnasal

O implante transnasal é uma técnica mais recente e sofisticada, desenvolvida para casos de atrofia extrema da maxila anterior.

Nessa abordagem, o implante é ancorado na parede lateral da cavidade nasal, aproveitando o osso da região nasal como área de fixação. É uma excelente alternativa ou complemento aos implantes zigomáticos, permitindo reabilitações híbridas em que diferentes técnicas são combinadas para alcançar estabilidade total.

O implante transnasal requer planejamento detalhado com tomografia 3D e guias cirúrgicos precisos, mas oferece resultados promissores e previsíveis quando executado por profissionais experientes.

Comparativo Entre as Técnicas