Muitos pacientes me procuram com a grande dúvida se devem ou não remover os terceiros molares.
Sempre pondero o que é melhor, manter ou removê-los. O que pode implicar risco maior? Para isso, levo vários fatores em consideração como idade do paciente, posicionamento do dente, estado geral de saúde do meu paciente.
Mas qual o problema de deixar um dente incluso?
Risco de cárie no dente adjacente.
Infelizmente já tive que remover um dente importante para o paciente porque o terceiro molar facilitou o aparecimento de cárie ou causou reabsorção na raiz do dente ao lado, levando à sua perda.
Em alguns países, jovens que iniciam em práticas esportivas de grande contato são encaminhados para remoção dos terceiros molares devido ao alto índice de fratura da mandíbula envolvendo terceiros molares inclusos.
Infecções – Endocardite bacteriana, angina de Ludwig:
Frequentemente, dentes que não irromperam por completo promovem um acúmulo de bactérias ao seu redor. Quando há uma baixa na resistência da saúde deste indivíduo há o risco de morte por estas doenças, sendo que segundo a Associação Americana de Cardiologia, infecções bucais são as principais responsáveis pelas mortes por endocardite bacteriana, além da angina de Ludwig que é uma infecção aguda, de evolução rápida e que se não tratada imediatamente leva o paciente a óbito.
Cistos e tumores:
CERATOCISTO se desenvolve mais comumente em terceiros molares inclusos, levando risco de fratura mandibular.
Também tem potencial de se transformar em AMELOBLASTOMA, um tumor agressivo que leva a mutilações pois necessitam ser removidos com uma certa margem de segurança, causando grandes defeitos na face dos pacientes, pois uma grande parte da mandíbula precisa ser removida.